Não sou mais que ninguém....

Ontem no meu local de trabalho tive um grande debate entre dois colegas por causa de perdidos e achados...
Um deles encontrou um telemóvel no chão a saída de um lugar....
O telefone nem era dos caros mas dava para ligar, estava bem estimado,  nisto ele ficou com o telefone....
Passado de alguns dias apareceu a policia a porta....
O caso é que comecei a dizer que eu nunca procederia da mesma maneira que ele....
Eu entregava o telemóvel a policia, o telefone podia fazer falta a pessoa??
Mesma que seja caro ou barato eu não ficava bem com minha consciência, tanto é que lhe apareceu a policia a casa, mas na historia ainda sou o "ótario ", porque ele vem depois me dizer que eu era como uma senhora de Celorico de Bastos que encontrou 10.000€  num saco e o entregou a policia, e, eu na minha ignorância e simplicidade disse que eu faria o mesmo, então armou se ali um debate.
Que o dinheiro não tem cheiro, nem dono, nem cor e que eu era um grande otario, porque a policia não iria entregar o tal dinheiro.
Eu respondi e se fosses tu a ter perdido uma tal soma??
Não gostarias que alguém de "ótario" tivesse entregue o teu dinheiro as autoridades para tu o recuperares ??
Não obtive resposta....
So me disse : «o dinheiro ja era....»
Eu não penso assim.
Eu não sou mais que ninguém e faria a mesma coisa que essa senhora.
Não ficava com a minha consciência tranquila, de saber que podia pertencer a idosos com dificuldade, a uma família numerosa, sei la???, para uma operação de uma pessoa acamada...
Não ficava nada bem comigo próprio...
Eu quero acreditar que neste mundo a gente honesta tal como aquela senhora de Celorico de Bastos.
E tu o que farias nestas duas situações??